Declaração Doutrinária

DECLARAÇÃO DE FÉ DAS IGREJAS DA COMUNHÃO BATISTA BÍBLICA NACIONAL

Um Batista Bíblico crê numa Bíblia sobrenatural, que fala de um Cristo sobrenatural, que teve um nascimento sobrenatural, que disse palavras sobrenaturais, que fez milagres sobrenaturais, que viveu uma vida sobrenatural, que morreu uma morte sobrenatural, que ressuscitou num esplendor sobrenatural, que fez intercessão como um sacerdote sobrenatural e que um dia voltará em Glória sobrenatural para estabelecer um reino sobrenatural na terra.

Art. 1º – Das Escrituras.

Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens, sobrenaturalmente inspirados por Deus e que é a verdade sem qualquer erro em seu conteúdo. E, portanto é, e permanecerá até o fim dos séculos como a única revelação completa e final de Deus ao homem; o verdadeiro centro de união cristã e o padrão supremo pelo qual toda a conduta humana, credos e opiniões deverão ser aferidos. 

I. Por Bíblia Sagrada queremos dizer aquela coleção de sessenta e seis livros, de Gênesis a Apocalipse, a qual, originalmente escrita, é a própria Palavra de Deus verbal e plenária.

II. Por inspiração, queremos dizer que os livros da Bíblia foram escritos por homens santos da antiguidade, conforme foram movidos pelo Espírito Santo e de um modo tão definitivo que os seus escritos foram sobrenatural e verbalmente inspirados, livres de erro, como nenhum outro foi ou jamais será inspirado. 2 Tm. 3:16-17; II Pe. 1:19-21; At. 1:16; At. 28:25; Sl. 119:160; Sl. 119:105; Sl. 119:130; Lc. 24:25-27; Jo. 17:17; Lc. 24:44-45; Sl. 119:89; Pv. 30:5-6; Rm. 3:4; I Pe. 1:23; Ap. 22:19; Jo. 12:48; Is. 8:20; Ef. 6:17; Rm. 15:4; Lc. 16:31; Sl. 19:7-11; Jo. 5:45-47; Jo. 5:39.

Art. 2º – Do Verdadeiro Deus.

Cremos que há um só Deus, vivo e verdadeiro; um Espírito inteligente, Criador e supremo governador do céu e da terra; expressivamente glorioso em santidade, digno de toda honra, confiança e amor; que na unidade Divina há três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, iguais em toda perfeição divina e execução de ofícios distintos, mas harmoniosos na grande obra da redenção. Ex. 20:2-3; Gn. 17:1; 1 Co. 8:6; Ef. 4:6; Jo. 4:24; Sl. 147:5; Sl. 83:18; Sl. 90:2; Jr. 10:10; Ex. 15:11; Ap. 4:11; 1 Tm. 1:17; Rm. 11:33; Mc. 12:30; Mt. 28:19; Jo. 15:26; 1 Co. 12:4-6; 1 João 5:7; Jo. 10:30; João 17:5; 1 Cor 2:10-11; Fp. 2:5-6; Ef. 2:18; 2 Co. 13:14. 

Art. 3º – Do Espírito Santo.

Cremos que o Espírito Santo é uma pessoa divina; igual a Deus o Pai, e a Deus o Filho, e da mesma natureza. Cremos que Ele restringe a maldade até que se cumpra o propósito de Deus; que Ele convence do pecado, do juízo e da justiça; que Ele dá testemunho do verdadeiro Evangelho, na pregação e na confirmação; que Ele é o agente do Novo Nascimento; que Ele sela, dota, guia, ensina, testifica, santifica, consola e auxilia o crente. Cremos que o Batismo no Espírito Santo, sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito Santo, à Igreja. Cremos que os dons de sinais cessaram em virtude dos mesmos terem desempenhado seu papel de confirmar o evangelho e a palavra dos apóstolos diante das nações nos primórdios da Igreja. Heb. 2:3-4; I Cor. 13:8-13; I Cor. 12:12-13; Jo. 14:16-17; Mt. 28:19; Hb. 9:14; Jo. 14:26; Lc. 1:35; Gn. 1:1-3; 2 Ts. 2:7; Jo. 16:8-11; Jo. 15:26-27; At. 5:30-32; Jo. 3:5-6; Ef. 1:13-14; Mt. 3:11; Mc. 1:8; Lc. 3:16; Jo. 1:33; At. 11:16; Lc. 24:49; Jo. 16:13; Rm. 8:14; Rm. 8:16; 2 Ts. 2:13; 1 Pe. 1:2; Rm. 8:26-27.

Art. 4º – Do Diabo, ou Satanás. 

Cremos que Satanás foi uma vez santo e desfrutou das honras celestiais, mas, por causa do orgulho e da ambição de ser como o Todo Poderoso, caiu e arrastou uma hoste de anjos; é agora o príncipe maligno do poder do ar e o deus ímpio deste mundo. Sustentamos ser ele o grande tentador do homem, o inimigo de Deus e do Seu Cristo, o acusador dos santos, o autor de todas as religiões falsas, o poder principal por detrás da presente apostasia, o senhor do anti-cristo e o autor de todas as forças das trevas, destinado contudo, à derrota final nas mãos do Filho de Deus e ao juízo de uma justiça eterna no lago de fogo, lugar preparado para ele e seus anjos. Is. 14:12-15; Ez. 28:14-17; Ap. 12:9; Judas 6; 2Pe. 2:4; Ef. 2:2; Jo. 14:30; I Ts. 3:5; Mt. 4:1-3; 1Pe. 5:8; 1 Jo. 3:8; Mt. 13:39; Lc. 22:3-4; Ap. 12:10; 2 Co. 11:13-15; Mc. 13:21-22; I Jo. 4:3; 2 Jo. 7; 1 Jo. 2:22; Ap. 13:13-14; 2 Ts. 2:8-11; Ap. 19:11,16,20; Ap. 12:7-9; Ap. 20:1-3; Ap. 20:10; Mt. 25:41.

Art. 5º – Da Criação.

Cremos no relato da criação que se encontra no livro de Gênesis e que deve ser aceito literalmente, e não alegórica ou figuradamente; que a criação do homem não foi matéria da evolução ou mudança evolutiva das espécies, ou do desenvolvimento através de intermináveis períodos de tempos, de formas mais baixas para superiores; que toda a vida animal e vegetal foram feitas diretamente pela lei estabelecida de Deus para que produzissem “Segundo sua espécie”. Gn. 1:1; Ex. 20:11; At. 4:24; Cl. 1:16-17; Hb. 11:3; Jo. 1:3; Ap. 10:6; Rm. 1:20; At. 17:23-26; Jr. 10:12; Ne. 9:6; Gn. 1:26-27; Gn. 2:21-23; Gn. 1:11; Gn. 1:24. 

Art. 6º – Da Queda do Homem.

Cremos que o homem foi criado em inocência, sob a lei do seu Criador, mas por transgressões voluntárias caiu do seu estado perfeito e feliz, em conseqüência do que, toda a espécie humana é agora pecadora, de natureza decaída, não por escolha, portanto, sob justa condenação sem defesa ou desculpa. Gn. 3:1-6,24; Rm. 5:12; Rm. 5:19; Rm. 3:10-19; Ef. 2:1,3; Rm. 1:18; Ez. 18.19-20; Rm. 1:32; Rm. 1:20; Rm. 1:28; Gl. 3:22.

Art. 7º – Do Nascimento Virginal. 

Cremos que Jesus Cristo foi gerado do Espírito Santo, de uma maneira milagrosa; nascido de Maria, uma virgem, como nenhum homem jamais nasceu de mulher, e que Ele tanto é o Filho de Deus como é Filho do homem. Gn. 3:15; Is. 7:14; Mt. 1;18-25; Lc. 1:35; Mc. 1:1; Jo. 1:14; Sl. 2:7; Gl. 4:4; 1 Jo. 5:20; 1 Co. 15:47.

Art. 8º – Do Sacrifício Pelo Pecado.

Cremos que a Salvação dos pecadores é inteiramente pela graça; através dos ofícios mediatórios do Filho de Deus, o qual, pela indicação do Pai, tomou livremente sobre ele nossa natureza, todavia sem pecado, honrou a lei divina pela Sua obediência e por Sua morte fez pelos nossos pecados um sacrifício completo; que o Seu sacrifício não consistiu em apresentar-nos um exemplo por Sua morte como mártir, mas foi a substituição voluntária dEle, tomando o lugar do pecador, o justo pelo injusto, levando Ele nossos pecados no madeiro, no Seu próprio corpo; que, tendo ressurgido dos mortos, está agora entronizado no céu com poder e glória. Ele está de todo modo qualificado para ser o Salvador adequado, compassivo e todo-suficiente. Ef. 2:8; At. 15:11; Rm. 3:24; Jo. 3:16; Mt. 18:11; Fp. 2:7; Hb. 2:14; Is. 53:4-7; Rm. 3:25; 1 Jo. 4:10; 1 Co. 15:3; 2 Co. 5:21; Jo. 10:18; Fp. 2:8; Gl. 1:4; 1Pe. 2:24; 1Pe. 3:18; Is. 53:11; Hb. 12:2; 1 Co. 15:20; Is. 53:12; Hb. 9:12-15; Hb. 7:25; I Jo. 2:2.

Art. 9º – Da Graça Na Nova Criação.

Cremos que, para serem salvos, os pecadores devem nascer de novo. O novo nascimento é uma nova criação em Cristo Jesus; que é instantâneo e não um processo; que no novo nascimento o morto em delitos e pecados é feito participante da natureza divina e recebe a compreensão, não pela educação cultural, pelo caráter, nem pela vontade do homem, mas inteira e unicamente pelo poder do Espírito Santo em conexão com a verdade divina, de modo a garantir nossa obediência voluntária ao Evangelho, que a sua devida evidência aparece nos frutos santos de arrependimento, fé e novidade de vida. Jo. 3:3; 2 Co. 5:17; Lc. 5:27; 1 Jo. 5:1; Jo. 3:6-7; At. 2:41; 2 Pe. 1:4; Rm. 6:23; Ef. 2:1; 2 Co. 5:19, Cl. 2:13; Jo. 1:12-13; Gl. 5:22; Ef. 5:9.

Art. 10º – Da Gratuidade Da Salvação. 

Cremos que a salvação é pela graça, um dom gratuito de Deus; que as bençãos da salvação são oferecidas a todos, pelo evangelho. É dever imediato de todos aceitá-la, por meio da fé e arrependimento sincero; que não impede a salvação do maior pecador na terra, senão, por sua depravação inerente e rejeição voluntária do evangelho, que o envolve numa condenação eterna. 1 Ts. 1:4; Cl. 3:12; 1 Pe. 1:2; Tt. 1:1; Rm. 8:29-30; Mt. 11:28; Is. 55:1; Ap. 22:17; Rm. 10:13; Jo. 6:37; Is. 55:6; At. 2:38; Is. 55:7; Jo. 3:15-16; 1 Tm. 1:15; 1 Co. 15:10; Ef. 2:4-9; Jo. 5:40; Jo. 3:18; Jo. 3:36.

Art. 11º – Justificação.

Cremos que a grande benção do evangelho, é que Cristo garante aos que nElecrêem, a justificação; que inclui o perdão do pecado e o dom da vida eterna; que é dispensada não em consideração a quaisquer obras de justiça que houvéssemos feito, senão unicamente por meio da fé no sangue Redentor. At. 13:39; Is. 53:11; Zc. 13:1; Rm. 8:1; Rm. 5:9; Rm. 5:1; Tt. 3:5-7; Rm. 1:17; Hb. 2:4; Gl. 3:11; Rm. 4:1-8; Hb. 10:38.

Art. 12º – Do Arrependimento e Da Fé. 

Cremos que o arrependimento e a fé são graças inseparáveis, operadas em nossas almas pela vivificação do Espírito de Deus, pelo qual, sendo convencidos de nossas culpas, perigo e desamparo, voltando-nos para Deus em sincera contrição, confissão e súplica por misericórdia, recebendo o Senhor Jesus Cristo e confessando-o abertamente como nosso único e suficiente salvador. Jo. 16:8; At. 20:21; Mc. 1:15; At. 2:37-38; Lc. 18:13; Rm. 10:13; Sl. 51:1-4; Sl. 51:7; Is. 55:6-7; Lc. 12:8; Rm. 10:9-11.

Art. 13ª – Da Igreja.

Cremos que a Igreja de Cristo é uma congregação de crentes batizados num concerto de fé e comunhão do evangelho, observando as ordenanças de Cristo, governada por suas leis, exercendo os dons, direitos e privilégios pela sua palavra; que os seus oficiais de ordenanças são pastores e diáconos cujas qualificações, pretensões e deveres estão claramente definidos nas Escrituras; cremos que a verdadeira missão da Igreja se acha na Grande Comissão: Primeiro, fazer discípulos individuais; Segundo, edificar a igreja; Terceiro, ensinar e instituir como Ele ordenou. Não cremos na inversão desta ordem, sustentamos que a igreja local tem o direito absoluto de auto-governo, livre da interferência de qualquer hierarquia de indivíduos ou organização, que o único superintendente é Cristo, por meio do Espírito Santo; que é espiritual as verdadeiras igrejas cooperarem com as demais na luta pela fé e propagação do Evangelho; que cada igreja é o único juiz da medida e método de sua cooperação em todos os assuntos da comunidade, de diplomacia, de governo, de disciplina, de benevolência. Cremos numa igreja autônoma e separada do Estado. A vontade da igreja local é final. At. 2;41; At. 2:42; 1 Co. 11:2; Ef. 1:22-23; Ef. 4:11; 1 Co. 12:4, 8-11; At. 14:23; At. 6:5-6; At. 15:23; At. 20:17-28; 1 Tm. 3:1-13; Mt. 28:19-20; Cl. 1:18; Ef. 5:23-24; 1 Pe. 5:1-4; At. 15:22; Jd. 3-4; 2 Co. 8:23-24; 1 Co. 16:1; Ml. 3:10; Lv. 27:32; 1 Co. 16:2; 1 Co. 6:1-3; I Co. 5:11-13.

Art. 14ª – Do Batismo e da Ceia do Senhor.

Cremos que o batismo cristão é a imersão de um crente na água, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, com a autoridade da Igreja local, é exibir um emblema solene e belo da nossa fé no Salvador crucificado, sepultado e ressuscitado, com seus efeitos em nossa morte para o pecado e ressurreição para uma nova vida, sendo isto pré-requisito aos privilégios de uma Igreja em relação à Ceia do Senhor, na qual os membros da Igreja, pelo uso sagrado tanto do pão e do fruto da vide, fazem em memória de Cristo, precedido sempre de solene auto-exame. At. 8:36-39; Mt. 3:6; Jo. 3:23; Rm. 6:4-5; Mt. 3:16; Mt. 28:19; Rm. 6:3-5; Cl. 2:12; At. 2:41-42; Mt. 28:19-20; 1 Co. 11:23-28. 

Cremos no batismo bíblico. Historicamente, a prática do batismo iniciou-se com os judeus, que batizavam para a purificação. Depois veio o batismo do arrependimento, praticado por João (At.19.3) e após a morte de Cristo temos o batismo da identificação. (Rm. 6.3). Os princípios para o batismo são: 1) o candidato certo: aquele que creu em Cristo como seu único e suficiente salvador pessoal. 2) O modo correto: por imersão: a semelhança de Jesus Cristo. 3) Praticado pela autoridade certa: A Igreja Bíblica. 4) O valor adequado: O batismo serve como testemunho público da fé pessoal em Jesus, e não como complemento da salvação (Mc.16.15-16). Todo candidato à membresia da igreja, proveniente de outras denominações, devem ser confrontados em relação à doutrina do batismo. Não havendo concordância, devem ser biblicamente batizados. Entendemos que candidatos àmembresia oriundos de grupos pentecostais e neopentecostais, não se identificam com a doutrina fundamentalista do batismo, devendo, portanto serem batizados, identificando-os, desta forma, com o verdadeiro significado do batismo bíblico. (Atos 19:1-5)

Art. 15º – Da Perseverança dos Santos.

Cremos que só os salvos permanecerão até o fim, que sua adesão perseverante a Cristo é a grande marca que os distingue de professantes superficiais; que uma providência especial preside sobre o seu bem-estar; que são guardados pelo poder de Deus através da fé para a eterna salvação. Jo. 8:31-32; Cl. 1:21-23; 1 Jo. 2:19; Mt. 13:19-21; Rm. 8:28; Sl. 121:3; Hb. 1:14; 1 Pe. 1:5; Fp. 1:6; Jo. 10:28-29; Rm. 8:35-39.

Art. 16º – Dos Justos e Dos Ímpios.

Cremos que há uma diferença radical e essencial entre os justos e os ímpios, que só são verdadeiramente justos na estima de Cristo, os que são justificados pela fé no nome do Senhor Jesus e santificados pelo Espírito de Deus, mas todos os que continuam na impenitência e incredulidade são à sua vista, ímpios e estão sob a maldição, distinção esta que permanece entre os homens tanto na morte como depois dela, na eterna felicidade dos salvos e no sofrimento cônscio e eterno dos perdidos. Ml. 3:18; Gn. 18:23; Rm. 6:17-18; Pv. 11:31; 1 Pe. 1:18; Rm. 1:17; 1 Co. 15:22; At. 10:34-35; Jo. 2:29; Rm. 6:16; 1 Jo. 5:19; Gl. 3:10; Rm. 7:6; Rm. 6:23; Pv. 14:32; Lc. 16:25; Mt. 25:34, 41; Jo. 8:21; Lc. 9:26; Jo. 12:25; Mt. 7:13-14.

Art. 17º – Do Governo Civil.

Cremos que o Governo Civil é de nomeação Divina, para os interesses e boa ordem da sociedade humana; que os magistrados devem ser alvos de nossas orações, honrados e obedecidos conscientemente, exceto nas coisas opostas à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual é o único Senhor da consciência e Príncipe vindouro dos reis da terra. Rm. 13:7; 2 Sm. 23:3; Ex. 18:21-22; At. 23:5; Mt. 22:21; Tt. 3:1; 1 Pe. 2:13-14; 1 Pe. 2:17; At. 4:19-20; Dn. 3:17-18; Mt. 10:28; Mt. 23;10; Fp. 2;10-11; Sl. 72:11.

Art. 18º – Da Ressurreição.

Volta de Cristo e Eventos Relacionados. Da ressurreição: cremos que Cristo ressuscitou corporalmente ao terceiro dia segundo as Escrituras; que Ele ascendeu à mão direita do trono de Deus; que só Ele é o nosso misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas relativas a Deus. “Que este mesmo Jesus que foi tomado dentre vós, do céu virá, da mesma maneira como O vistes ir para o céu” (corporal, pessoal e visivelmente); que os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; que os santos vivos serão transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, na última trombeta, e que os mesmos serão arrebatados para encontrar o Senhor Jesus nos ares; seguindo-se 7 anos da Grande Tribulação neste mundo, concomitante com o Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro nos céus, e que o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi; que após este período Cristo reinará na terra mil anos em justiça até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos Seus pés, e seguindo-se a realização do julgamento do Grande Trono Branco, a condenação eterna dos perdidos no Lago de Fogo, e, a eternidade com a manifestação do Novo Céu e Nova Terra. Mt. 28:6-7; Lc. 24:39; Jo. 20:27; I Co. 15:4; Mc. 16:6; Lc. 24:2-7; At. 1:9, 11; Lc. 24:51; Mc. 16:19; Ap. 23:21; Hb. 8:1; Hb. 12:2; Hb. 8:6; 1 Tm. 2:5; 1 João 2:1; Hb. 2:17; Hb. 5:9-10; Jo. 14:3; 1 Ts. 4:16; Mt. 24:27; Mt. 24:42; Hb. 9:28; 1 Co. 15:42-44, 51-53; 1 Ts. 4:17; Fp. 3:20-21; Lc. 1:32; 1 Co. 15:25; Is. 11:4-5; Sl. 72:8; Ap. 20:1-4; Ap. 20:6. Ap. 20:11-15; Ap. 21:1-2, 9-11.

Art. 19º – Da Evangelização e Missões.

O mandamento de levar o Evangelho ao mundo é claro e inconfundível, e esta Comissão foi dada à Igreja. Mt. 28:18-20; Mc. 16:15; Jo. 20:21 e Rm. 10:13-15.

Art. 20º – Da Graça de Dar.

O dar, segundo as Escrituras, é um dos fundamentos da fé. (2 Co. 9:7). Somos ordenados a trazer os dízimos e ofertas a casa do tesouro (tesouro comum da Igreja) Ml. 3:8-10 e 1 Co. 16:2. Sob a graça devolvemos e não pagamos o dízimo. (Hb. 7:2). Este preceito nos foi ensinado quatrocentos anos antes da lei, e está confirmado no Novo Testamento; Mt. 23:23. Lv. 27:30;

Art. 21º – Da Separação. 

I. Liberalismo – Cremos que devemos separar do liberalismo e modernismo, que têm crescido, e em muitos casos, está controlando completamente as denominações (Tt 2:1; I Tm 4:6; II Co 6:14-18; II Jo 10; I Tm 4:2; Jd 13). 

II. Mundanismo – Cremos que devemos manter-nos longe do mundanismo e de associações mundanas, tanto na prática do mundanismo como frequentar locais impróprios, embriaguez, uso e tráfico de drogas, tabagismo, bebidas alcoólicas, dança, maledicência, jogos de azar, uso de palavras de baixo calão e coisas similares (I Ts 5:22; II Co 6:17; Lc 21:34; Tt 21:34; Tt 2:12; Cl 3:2). 

III. Imoralidade – Consideramos pecado a imoralidade sexual, prostituição, favorecimento a prostituição, pornografia, fornicação, pedofilia, estupro, homossexualismo, nudismo e adultério. 

IV. Sociedades Secretas – Cremos que não devemos pertencer a qualquer sociedade secreta (II Co 6;14; Ex 34:12). 

V. Seitas – Cremos que devemos tomar posição contrária a qualquer erro doutrinário ou prática eclesiástica como: O unitarismo, a guarda do sábado, o batismo pelos mortos, esoterismo, o culto e adoração aos santos e anjos, a idolatria, a prática da mediunidade, necromancia, o fetichismo, feitiçaria, sincretismo, astrologia, meditação transcendental, o panteísmo, regressão, teologia da prosperidade, confissão positiva, assim como todo e qualquer ensinamento ou prática eclesiástica reprovado pela Bíblia Sagrada ou não embasado na mesma. (At.2.42, Ef. 4.14; 1 Tm.1.3; 1 Tm.1.10; 1 Tm.4.1; 1 Tm.4.3; Tt.1.9.)

Art. 22º – Da Não Participação.

I. Movimento Carismático e Pentecostalismo – Cremos que não devemos trabalhar em união ou participar nos movimentos carismáticos pentecostais e neopentecostais.

II. Movimento Ecumênico. – Cremos que não devemos trabalhar em União com o Movimento Ecumênico e nem participar de cultos e reuniões que caracterizem ecumenismo.

Art. 23º – Do Ministério Pastoral.

I. Quanto à ordenação feminina: Cremos que não é bíblica a prática da ordenação, nomeação ou eleição de mulheres para o ministério pastoral e diaconal da igreja local. 1 Co. 14.34-37; 1 Tm. 2.11-14.

II. Quanto à ordenação de divorciados e re-casados: Cremos que não é bíblica a prática da ordenação e manutenção de obreiros no ministério pastoral nestas condições. I Tim. 3:1-7; Tito 1:6-9. Como igreja bíblica devemos nos opor ao divórcio e desta forma nos identificarmos com ensinamentos de Cristo (Gn. 2:24; Ml. 2:16; Mt. 19:1-10). Quanto à recepção de casais divorciados para a membresia, fica a critério da igreja local.

Art. 24º – Da Liturgia

Os princípios que devem disciplinar a liturgia dos cultos em nossas igrejas são: 

I. Ordem e Decência: Cremos que os nossos cultos devem observar o princípio de ordem e decência (1 Co.14.40) e de separação (2 Co.6.17; Rm. 12:2). Na prática não devemos usar ritmos mundanos na música tais como: rock, samba, funk, rap, pagode, etc, assim como danças e coreografia. Recomendamos o uso do Hinário Batista e do Cantor Cristão para adoração nos cultos, ou outros do mesmo gênero. (Ef. 5.19).

II. Edificação: Os cultos tem como propósito a adoração a Deus, a edificação dos crentes e a salvação de almas. (Ef. 5.19; Col. 3.16) Nossos cultos devem se identificar com os valores divinos e não dos homens, afinal a adoração é para Deus. (Lev. 10:1)

III. Instrumentos – A Bíblia nos dá liberdade para usarmos instrumentos variados para adoração (1 Cr. 25.6; Sl. 150), lembrando-nos de que, quem adora não é o instrumento, mas o homem (Sl.150.6), porém deve ser feito dentro de um espírito de ordem, decência e de separação (I Cor. 6:12; 10:23 e 14:40), devemos fugir de tudo que nos identifica com o mundo. (I Ts. 5:22; 1 Jo. 2:16). A CBBN não recomenda o uso da bateria na liturgia dos cultos. A CBBN não usará este instrumento nos seus eventos como também exigirá que as juntas regionais ou estaduais façam o mesmo.

Art. 25º – Da Vestimenta.

Os princípios Bíblicos para a vestimenta são:

I. Modéstia e decência: 1 Timóteo 2-9  – Na prática, homens e mulheres devem dar um bom testemunho cristão pelo modo como se vestem, não só dentro da igreja, como fora dela, evitando o uso de roupas sensuais  tais como: roupas curtas, apertadas, coladas ao corpo, decotadas, cavadas, transparentes, abertas ou semiabertas, ou outras tais que exponham partes do corpo (templo do Espirito Santo) à cobiça. (I Ts. 4:6) A CBBN recomenda para as mulheres o uso de vestidos ou saias e para os homens roupa social nos cultos públicos.

II. Diferenciação dos sexos: (Dt. 22.5). Conforme o versículo bíblico a roupa não deve colocar em dúvida o gênero da pessoa.

Art. 26º – Das Versões da Bíblia.

Tendo em vista a proliferação de versões, traduções e paráfrases atuais do texto sagrado, o que tem trazido conflitos textuais e omissões comprometedoras, recomendamos para as igrejas Batistas Bíblicas apenas o uso de traduções bíblicas baseadas no texto Massorético – Velho Testamento e Receptus – Novo Testamento, traduzidas por equivalência formal.  

Art. 27º – Da Metodologia Ministerial.

Cada igreja local tem liberdade de desenvolver e, ou, fazer uso de ferramentas já existentes para ensino, evangelização e treinamento tais como: Evangelismo Explosivo, Auto confrontação, Um-a-um, Discipulado bíblico, Grupos pequenos, etc. O Conteúdo deve ser bíblico e identificado com a nossa doutrina. Devemos, contudo evitar quaisquer vinculações com movimentos como G-12 e M-12, entre outros ministérios controvertidos.

Art. 28º – Aborto e Eutanásia.

Cremos que a vida é um dom de Deus, e cabe somente a Ele o poder de tomá-la, portanto somos contrários a tais práticas. (Gn. 20:13)

Art. 29º – Homossexualismo.

Cremos que a prática do homossexualismo é abominável diante de Deus, e como igreja, à luz da Bíblia, somos contrários a tal prática. (Lev. 18:22, 20:13, Rm. 1:27) Não discriminamos as pessoas, mas sim condenamos tais práticas. (Rm. 1:32)

Estatuto e Declaração de fé aprovados em Assembleia Extraordinária da CBBN em 21 de setembro de 2013 em Campinas – São Paulo, no Hotel Nacional Inn